CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO TRAUMA (ABT)

Rev. 30/04/2014

A Associação Brasileira do Trauma é uma entidade dedicada ao estudo, pesquisa, tratamento e prevenção dos efeitos do trauma.

Formada principalmente por profissionais de saúde, a maioria terapeutas de abordagens diversas, todos especialistas ou em processo de especialização pelo método SE® – Somatic Experiencing® de Resolução de Trauma, a Associação é uma comunidade fecunda, pulsante e investida na abrangência do tema.

São professores, professores assistentes, assistentes, praticantes e alunos que às suas competências profissionais agregaram o aprofundamento num dos assuntos mais desafiadores, cruciais e urgentes da atualidade. Todos num esforço conjunto de disseminar conhecimentos e informações, expandindo a compreensão e desfazendo mitos sobre o trauma; todos comprometidos em levar alívio e cura para pessoas que vieram a desenvolver Transtorno do Estresse Pós-Traumático, nas mais variadas manifestações e intensidades sintomáticas que esse transtorno pode assumir.
De modo capital, a Associação está se ocupando em desenvolver programas de prevenção, a fim de capacitar mais e mais pessoas a prestar socorro em situações críticas, bem como a aprenderem a se proteger e a zelar pelo próprio equilíbrio em contextos de exposição ao trauma e seus efeitos.

Normas Básicas

Cabe aos terapeutas formados em Somatic Experiencing reconhecer a unidade intrínseca e básica da natureza humana, composta de sua dimensão somática, pensamentos e afetos. Isto visa o enriquecimento, o autoconhecimento e ampliação de seus recursos internos, para que assim possa fazer frente aos desafios inerentes ao viver humano, de modo pleno e saudável.

A Associação Brasileira do Trauma vem através desse documento comunicar suas normas éticas e procedimentos que norteiam a prática dos indivíduos com formação em Somatic Experiencing.

Disposições Gerais

A formação em Somatic Experiencing não habilita o aluno ao exercício da Psicoterapia.

A formação em Somatic Experiencing deverá ser exercida pelos profissionais de acordo com sua formação especifica e autorização e regulamentação dos seus devidos conselhos profissionais.

Cabe lembrar que os profissionais oriundos de áreas diversas devem estar cônscios de seus limites e capacidades para que possam oferecer trabalho com  Somatic Experiencing.

Compete ao profissional SEP (SE Practitioner) e alunos em formação vinculados a Associação Brasileira do Trauma, daqui em diante designada ABT:

- Pautar sua atuação no respeito e na promoção da igualdade a todos os seres humanos.

- Caberá ao profissional SEP promover a saúde, a qualidade de vida das pessoas e da coletividade.

Os profissionais certificados em Somatic Experiencing e alunos em formação deveram estar continuamente buscando aprimoramento de sua prática, através da participação em cursos, grupos de estudos, supervisão que visem o crescimento profissional e pessoal.

E desta maneira contribuindo, através da pesquisa cientifica e acadêmica, para com o desenvolvimento cientifico e pratico em SE.

 Os SEPs credenciados e alunos em formação comprometem-se a encaminhar as pessoas que necessitem de atendimento médico ou psicológico e  outros a profissionais da área de saúde, quando necessário, para a segurança e preservação da saúde do cliente.

Compete ao SEPs e alunos fornecerem aos clientes informações detalhadas sobre o trabalho a ser realizado, os objetivos a serem atingidos e abrangência dos mesmos.

O atendimento em  Somatic Experiencing só poderá ser realizado após a conclusão da formação, e o cumprimento de todas as etapas exigidas para sua certificação. (Vide manual do aluno).

a- Alunos em formação poderão oferecer seus serviços, desde que estejam sendo orientados por um supervisor credenciado pela ABT.

b- Recomenda-se que o aluno em formação esteja participando dos grupos de estudos oferecidos, para que assim possa aprimorar seus conhecimentos.

c- O aluno que estiver oferecendo seus serviços à comunidade utilizando a abordagem Somatic Experiencing  deverá comunicar a seu cliente de forma clara e explicita em que estágio da formação se encontra e qual é sua formação profissional.

Cabe ao Terapeuta e alunos em formação respeitar as diferenças sócio culturais, raciais, sócio econômicas e religiosas, como também as de orientação sexual e deficiências físicas ou mentais, respeitando e preservando a singularidade inerente a cada ser humano.

Cabe aos professores, supervisores, assistentes e orientadores dos grupos de estudos, orientar e avaliar os alunos no tocante às questões de aprendizagem e manejo técnico, como também na orientação de questões pessoais que possam interferir na plena capacitação dos mesmos.

Cabe ao Terapeuta ou aluno buscar ajuda profissional adequada para dificuldades pessoais que possam estar prejudicando seu desempenho profissional.

 O Terapeuta SE não poderá fazer declarações públicas enganosas ou que transcendam seu cabedal de conhecimentos.

Relação Terapeuta/ Cliente

A utilização da abordagem em SE deverá ser condicionada ao consentimento do cliente.

O consentimento do cliente exige que o mesmo tenha capacidade para consentir, como também que possua todas as informações necessárias sobre o curso do tratamento e que o consentimento foi dado sem qualquer influência indevida.

O Terapeuta SE deverá utilizar uma linguagem clara e acessível para informar ao cliente sobre a finalidade do tratamento. Risco (se houver) e limites da abordagem.

Relações sexuais entre terapeutas e clientes são proibidas durante o contrato terapêutico e se estende para um mínimo de dois anos após o término da cessação do contrato.

Fica vetado também o relacionamento intimo com o núcleo familiar de clientes atuais.

Todo terapeuta SE tem como obrigação primordial o respeito e a preservação dos dados confidenciais de seus clientes.

Fica vetada ao Terapeuta SE divulgar parcial ou integralmente qualquer informação confidencial de seus clientes sem a autorização prévia e por escrito do mesmo.

O aluno que não cumprir todas as etapas da formação em SE não poderá intitular-se como praticante da abordagem Somatic Experiencing.

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